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Síndrome coronariana sem supra de ST é tema de módulo
11 de abril de 2019

Dia nove de abril, o cardiologista Jailton Neves Fernandes ministrou o módulo ‘Síndrome coronariana sem supra de ST’ para os alunos do Curso para Residentes e Especializandos em Medicna Intensiva (Cremi), na Associação Médica de Minas Gerais (AMMG).

No início do módulo, o cardiologista destacou as dificuldades que os profissionais atuantes em UPAs e CTIs enfrentam ao estratificar e diferenciar as três principais síndromes coronarianas: infarto agudo do miocárdio com supra de ST, infarto agudo do miocárdio sem supra de ST e angina.

Inicialmente, a trombose completa deve ser diferenciada da trombose parcial. “No infarto com supra, há uma obstrução total do lúmen e alterações no eletrocardiograma que vão nos mostrar o supradesnivelamento”, explica. Em casos de trombose parcial, ou oclusão não total da artéria, passa-se para a troponina; o eletro não vai estar necessariamente normal em relação ao supra e ainda pode apresentar outras alterações que evidenciem isquemia, tais como assimetria da onda T e o infradesnivelamento.

De acordo com o cardiologista, quando não há alterações no eletro, deve-se partir para a troponina. “Quando a troponina der resultado positivo, indica-se infarto sem supra. Quando o resultado da troponina for negativa, há angina instável”, explica.

 

Terceira definição universal de IAM

De acordo com a terceira definição, a elevação ou queda gradativa dos biomarcadores é um dos fatores que ajudam a diagnosticar o IAM. “É preciso ter cuidado tanto com a elevação como com a queda da troponina”, alerta.

Ainda é necessário associar tal queda ou elevação aos seguintes fatores: sintomas isquêmicos, alterações no ecg compatíveis e exames de imagem que evidenciam perda da viabilidade ou contratilidade segmentar anormal.

A terceira definição universal de IAM também contempla cinco categorias de IAM, sendo o primeiro o mais recorrente:

  • IAM tipo 1: espontâneo, relacionado a rotura de placa aterosclerótica
  • IAM tipo 2: alteração entre oferta e consumo de oxigênio
  • IAM tipo 3: morte súbita
  • IAM tipo 4a: ocorre após angioplastia
  • IAM tipo 4b: trombose de stent
  • IAM tipo 5: geralmente ocorre após cirurgia cardíaca

 

Preditor de dor de origem isquêmica

De acordo com Fernades, para avaliar a dor de origem isquêmica, é necessário identificar o tipo e a localização da dor de origem isquêmica, tais como opressão/aperto ou queimação, sendo as mais comuns dos tipos retroesternal, precordial e epigástrica; a irradiação para partes do corpo como ombros, braço, mandíbula, pescoço e dorso, sendo ainda necessário identificar os sintomas associados

O médico ainda destacou os fatores desencadeantes das dores que também servem para aliviá-las, tais como exercício, frio e estresse.

 

Conclusão

No final do módulo, ele instruiu os residentes a adotarem as seguintes condutas na Terapia Intensiva:

  1. Avaliar imediatamente os pacientes após a sua chegada à emergência.
  2. Estratificar o risco para eventos isquêmicos (IAM, isquemia recorrente e morte), valendo-se dos scores de risco conhecidos e de sua experiência clínica.
  3. Utilizar aspirina, segundo antiagregante, heparinização plena, betabloqueador, inibidor de enzima de conversão/Bloqueador de receptor de angiotensina, Estatina, Nitrato (S/N).
  4. Avaliar indicação de tratamento conservador ou invasivo precoce.
  5. Alta com orientação médica (medicação otimizada) e dietética.
  6. Controle de fatores de risco e reabilitação cardiovascular.

 

CREMI: saiba como participar

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