‘Time’ conta com treinamentos mensais

20/08/2015

Mensalmente, às quartas-feiras, os 28 enfermeiros que atuam nos 40 leitos do Centro de Terapia Intensiva (CTI) do Hospital Felício Rocho, em Belo Horizonte, se reúnem para aulas teóricas, práticas e discussões de casos.

No dia 19 de agosto, ocorreu o treinamento de simulação realística sobre oxigenação por membrana extracorpórea (ECMO), técnica usada para fornecer suporte hemodinâmico e respiratório para coração e pulmões, em pacientes nos quais estes órgãos estão com a função prejudicada. Segundo a coordenadora de enfermagem do CTI, Sarah Campos, os encontros são um diferencial para a equipe de colaboradores, permitindo acesso às novidades e as mudanças nos protocolos. Referente ao último tema abordado, Campos afirma que “poucos serviços de saúde no Brasil possuem profissionais capacitados para utilização desse tipo de suporte hemodinâmico.”

Foram responsáveis pelo treinamento o coordenador de Cirurgia Cardiovascular, Marconi Ruas, e a coordenadora do CTI Cardiológico, Tânia Lorenzato Fonseca. Eles apresentaram aos enfermeiros como é o funcionamento do ECMO e a importância de manter a vigilância nos dados fornecidos pelo equipamento e no quadro geral do paciente. A médica destacou que esta não é uma iniciativa isolada, mas que integra um conjunto de ações que visam, ao longo dos anos, ampliação do conhecimento e valorização da abordagem multiprofissional. “Faz parte de um trabalho desenvolvido por um grupo de profissionais que já esteve em vários centros do Brasil e exterior em busca de treinamento e aperfeiçoamento. A técnica já é consagrada e estabelecida em vários países do mundo, mas, infelizmente, no Brasil estamos iniciando esta caminhada”, acrescenta.

Fonseca valoriza que é fundamental a capacitação da enfermagem no suporte extracorpóreo de vida, que depende do envolvimento multiprofissional na busca do bom resultado. “Ninguém faz ECMO sozinho. Precisamos do técnico de enfermagem, da enfermeira, da psicóloga, do intensivista, do especialista em ECMO, do cirurgião cardiovascular e do fisioterapeuta. Somos um time de profissionais buscando a excelência de atendimento ao paciente crítico. A ECMO é invasiva, complexa, utiliza equipamentos caros e sofisticados e requer uma equipe dedicada e especializada”. Para a especialista, é preciso compreender que cada paciente é único e sua condição clínica está continuamente se modificando. “O cuidado deverá ser sempre baseado em protocolos, treinamentos constantes e atualizações permanentes do time”, conclui.

Contribuição e foto: Rodrigo Freitas – Ass. Imprensa/Felício Rocho