Dúvidas Frequentes

01 - O que é medicina intensiva? Quem é o especialista da área?
Medicina intensiva é a especialidade médica que cuida de pacientes gravemente enfermos com quadros complexos, que exigem monitoração contínua e acompanhamento intensivo. O especialista da área é o médico intensivista.


02 - O que é o CTI/UTI?

O Centro de Terapia Intensiva (CTI) ou Unidade de Terapia Intensiva (UTI) é o setor do hospital voltado para o atendimento ininterrupto de pacientes em estado grave ou potencialmente grave. Por isso, conta com uma equipe multiprofissional e interdisciplinar, além de estrutura física e equipamentos que dão suporte para esse atendimento especializado.


03 - Que equipamentos são utilizados em um CTI/UTI? Qual a finalidade de cada um?

São vários os equipamentos que podem ser encontrados em um CTI/UTI. O uso de cada um dependerá da situação do paciente. Em linhas gerais, os mais utilizados são:

  • Monitores: auxilia na vigilância contínua dos pacientes, pois disponibilizam os valores da pressão arterial, freqüência cardíaca, freqüência respiratória, temperatura, oxigenação, entre outros. Quando os dados não oscilam dentro de uma faixa pré-estabelecida, um alarme é disparado para alertar a equipe. Quando o paciente se movimenta no leito (e isto é comum durante as visitas), os sensores podem se desconectar e o alarme disparar, sem que isso signifique risco para o paciente. Os profissionais saberão interpretar a situação.
  • Bombas de infusão: são máquinas que contam a quantidade de soro ou medicamentos que o paciente está recebendo. Com isso, os médicos podem controlar se o que foi prescrito está, realmente, sendo infundido. - Ventiladores: auxiliam o paciente a respirar. São utilizados quando o paciente apresenta dificuldade para respirar e quando estão sedados, em estado de coma induzido.
  • Sondas: utilizadas na drenagem de líquidos ou na administração de substâncias. Existem vários tipos de sonda. Com a sonda vesical, por exemplo, é feito o controle da urina. Já a sonda nasoentérica é utilizada na alimentação dos pacientes.
  • Cateteres: tubos que são conectados aos vasos sanguíneos para administrar soros e medicações ou para medição de pressões, entre outros.
  • Máquina de hemodiálise: é necessária para pacientes que desenvolvem insuficiência renal. A máquina de hemodiálise é usada para substituir, artificialmente, a função de filtragem do rim. O sangue do paciente passa por um filtro, e, dessa forma, suas toxinas são eliminadas.
  • Balão intra-aórtico: auxilia no funcionamento do coração, até a recuperação deste.

 

04 - Quem são os integrantes da equipe multiprofissional e interdisciplinar?
Além de médicos intensivistas, compõem a equipe de um CTI enfermeiros, fisioterapeutas, psicólogos, fonoaudiólogos, nutricionistas, farmacêuticos, técnicos de enfermagem, secretários, entre outros. Com funções bem estabelecidas, cada profissional, orientado pelo coordenador do CTI, trabalha de forma integrada com os demais membros da equipe para que o atendimento aos pacientes seja ininterrupto nas 24 horas e nos 7 dias da semana.


05 - Quais pacientes devem ser internados no CTI?
O CTI recebe pacientes com doenças graves ou potencialmente graves. Importante ressaltar que o atendimento é feito àquelas pessoas passíveis de tratamento, ou seja, que tenham chances de melhora. O tratamento em um CTI não beneficia pacientes que se encontram numa situação de fim de vida, que caminham inexoravelmente para a morte. Essa conduta, inclusive, pode trazer muito sofrimento ao paciente e à família. Por isso, é importante que os médicos responsáveis esclareçam aos familiares sobre o benefício ou não do atendimento no CTI.


06 - Como devo proceder em uma visita ao CTI?
Inicialmente, é fundamental ter atenção às orientações do coordenador do serviço e da psicologia. Afinal, cada paciente apresenta um quadro distinto. A participação da família é importante na recuperação do paciente e todo o esforço é feito para que esse acompanhamento seja o mais estreito possível.

Abaixo, pontos que devem ser observados por quem irá visitar um familiar ou amigo internado em um CTI:

1 - Informar todo o quadro do paciente, procurando não omitir nenhum aspecto de sua história, tais como doenças anteriores, cirurgias, medicamentos, alergias, deficiências, hábitos. Além disso, deve-se fornecer informações que auxiliem no contato da equipe com o paciente, como apelido, nome dos filhos, esposa, marido, trabalho, hobbies, crenças, preferências alimentares, fotos, entre outros.

2 - O horário de visita é estipulado pela equipe do CTI e deve ser informado na admissão do paciente e sempre que houver mudanças. O tempo de permanência dependerá do quadro clínico do paciente e das rotinas de cada hospital.

3 - As informações sobre o quadro do paciente são disponibilizadas pessoalmente e através de boletim médico, de acordo com a rotina de cada hospital. Esse é um bom momento para tirar dúvidas com relação ao estado do paciente. A equipe do CTI é responsável por fornecer informações sobre todas as alterações relevantes no quadro do paciente.

4 - Antes de entrar no CTI, deve-se lavar adequadamente as mãos. Isso diminui a quantidade de bactérias, vírus e fungos que temos na pele e, conseqüentemente, reduz o risco de infecção para os pacientes. O uso de aventais, máscaras e luvas são reservados para os casos de comprovada infecção hospitalar por germes muito resistentes. A equipe do CTI definirá a necessidade de utilizar esses acessórios.

5 - O contato físico é importante para a recuperação do paciente, mesmo quando ele se encontra sedado. Por isso tocar, abraçar, beijar é incentivado, caso não haja alguma restrição por risco de contágio, o que será definido pela equipe.

6 - Sentar ou recostar na cama do paciente não é aconselhável.

7 - Não se deve utilizar telefones celulares ou outros equipamentos dentro de um CTI, a menos que tenham sido liberados pela equipe.