Entrevista

Qual o objetivo do XV Congresso Mineiro de Medicina Intensiva?

Eduardo Fonseca Sad: Criar um fórum para os nossos intensivistas, toda a comunidade da terapia intensiva, para que possamos conhecer melhor o que está sendo feito em nosso estado. Propomos trocar experiências para melhorar o cuidado dentro da terapia intensiva, com humanização e, principalmente, com a qualidade do atendimento prestado aos nossos pacientes. É muito importante que todos os profissionais envolvidos na terapia intensiva tenham essa clareza de pensamento, que é melhorar a qualidade da assistência, com humanização.

O que os participantes poderão encontrar de novidades neste evento?

Eduardo Fonseca Sad: Para essa edição buscamos fazer um congresso bem interativo, com a particpação da plateia nos debates. Vamos utilizar internet, aplicativos, votação via celular, permitindo a participação de todos de forma mais direta no congresso.



Qual a importância deste primeiro congresso para a Abramede MG?

Frederico Bruzzi de Carvalho: Este primeiro evento será uma oportunidade de troca de experiências e valorização dos profissionais que atuam na urgência e emergência, tendo como foco o trabalho multiprofissional e a o cuidado do paciente desde o seu primeiro atendimento até a UTI.

Como acredita que a medicina de emergência evoluirá no país?

Frederico Bruzzi de Carvalho: Apesar de ser uma especialidade que existe desde os primeiros registros médicos, no Brasil a medicina de emergência só foi recentemente reconhecida como área do conhecimento e exercício profissional independente de outras especialidades. Nesta nova perspectiva temos um imenso campo de trabalho, enormes nichos do conhecimento e estrutura de trabalho a enfrentar. Na minha opinião, a formação do profissional, do especialista, é o caminho a ser trilhado. As residências médicas são estruturantes neste processo. É essencial que os egressos destes programas sejam excepcionais nos domínios cognitivoS, de habilidades e atitudes.

Com a diferenciação do profissional, seguirá a adaptação das formas de trabalho e das estruturas de urgência e emergência. Mas isso demorará algumas gerações. Espero muito que, com a evolução da especialidade, sejam criados esquemas criativos e eficientes de trabalho, fazendo com que os especialistas mantenham a energia da juventude enquanto adquirem vivência, numa atividade entusiasmante, com remuneração proporcional à sua importância para o sistema de saúde.