Dia Mundial da Sepse

13/09/2017

Dia 13 de setembro, quando se comemora o Dia Mundial da Sepse, a Sociedade Mineira de Terapia Intensiva (Somiti) e a Associação Brasileira de Medicina de Emergência - Regional Minas Gerais (Abramede MG) promoveram, no auditório do Conselho Regional de Medicina de Minas Gerais (CRM MG), evento para debater sobre o tema, promover a troca de experiências entre os profissionais e esclarecer dúvidas.

As entidades aderem à campanha mundial, mais uma vez, com o objetivo de alertar para esta doença que continua a causar, a cada ano, um número aproximado de seis milhões de óbitos em todo o mundo, a maioria dos quais passíveis de prevenção. A gestora de qualidade da Somiti e presidente da Abramede MG, Maria Aparecida Braga, relembra que a síndrome mata uma pessoa a cada segundo no mundo, cerca de 15 a 17 milhões de casos registrados por ano, conforme divulgou o Instituto Latino Americano de Sepse (Ilas). A iniciativa das entidades é gratuita.

Os especialistas Achilles Barbosa  e Saulo Saturnino ressaltaram que dentre os aspectos mais alarmantes sobre o tema está o desconhecimento da população e dos profissionais que atuam nas portas de entrada das unidades de saúde. "A sepse não é um problema apenas de pacientes já internados em hospitais e, na maioria dos casos, é de pessoas atendidas nos serviços de urgência e emergência. O tratamento adequado nas primeiras seis horas tem clara implicação no prognóstico e na sobrevida dos indivíduos", afirmou Braga.

Barbosa explicou que o conceito de 'sepse grave' não existe mais, considerando que toda ocorrência desta natureza apresenta disfunçao orgânica. "A nova definição é menos sensível e a triagem ainda é com SIRS. O quick sofa serve para acelerar o diagnóstico fora da UTI e o escore sofa define sepse, com aumento de dois pontos." Saturnino troxe protocolos e indicadores e falou da importância do trabalho em sinergia entre as equipes. "Não adianta fazer tudo certinho no pronto-socorro e na unidade de internação, se ao receber o paciente na UTI os resultados são comprometidos por fatores intra UTI." O especialista citou como protocolo de UTI e pontos essenciais: Sofa monitorando pacientes com suspeita de infecção, infusão volêmica adequada, ventilação protetora e analgosedação com metas e abordagens de delirium.